sexta-feira, 26 de agosto de 2011

"Intrigas de Estado.".. Vamos refletir?

O filme Intrigas de Estado traz algumas reflexões relevantes para nós profissionais de comunicação. O que é jornalismo? Até aonde pode ir um jornalista? Qual a importância do jornalismo investigativo? Na película, há o grande impasse entre o jornalismo diário (o quarto poder) ou a amizade. Realmente, o drama levanta questões sobre lealdade, caráter, amizade... Valores do cotidiano. Mas também é verdade o questionamento: jornalistas não têm amigos? Devemos fazer todos ao nosso redor de fontes? Questão a se pensar...

Caminhando para uma linha mais científica, o jornalismo é tratado como uma “violência simbólica” - Pierre Bourdieu classifica como a exploração da vida das pessoas com o consentimento inconsciente delas. O veterano jornalista (McAffrey, interpretado por Russell Crowe) se vê num dilema: a verdade para população ou a amizade de Stephen Collings (Ben Affleck), que interpreta um promissor parlamentar.




Momento “vamos subestimar o telespectador” é quando uma estranha aparece no filme, sem explicações, pelo menos no início. Com um ar de drogada, ela envolve quem assiste e dá rumo à trama. Será que a idéia seria mostrar o quinto poder ( a sociedade) ? Provavelmente  não. Afinal, esse poder é a sociedade agindo enquanto jornalista. A estranha vai para o calejado profissional da comunicação, contrariando essa hipótese de poder. 

            Não podemos esquecer a questão da dignidade humana! A mulher do político é abordada de forma estrambótica: é traída e obrigada pelo marido a aparecer na mídia mostrando que está “tudo bem, todos erram”.  Mas o eixo central é a questão entre o veterano jornalista, o político e a iniciante jornalista blogueira (Della Frye, interpratada por Rachel Mcadams).

            O conflito psicológico é a questão! Isso já seria meio que óbvio se não fosse o enredo que leva a crer que o deputado Collings está sendo colocado numa armadilha. O parlamentar estava investigando certa empresa, por isso seria alvo de injustiças – ele estava sendo perseguido politicamente e correndo aparente risco de ser morto. As cenas que norteiam o filme mostra toda a versão do deputado. “As atrocidades cometidas pela Point Corp e suas filiais  contra a população civil no Iraque e Afeganistão.”





Show de interpretação pela editora-chefe (Hellen Mirren), mas mal aproveitado. Ela poderia ter mais destaque. Fotografia perfeita; enredo piegas, mas a fórmula ainda funciona e figurino perfeito garantem sucesso ao filme e vontade de uma continuação. Afinal, é um assunto muito bom pára se refletir.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Somos partes da Inclusão Digital





Por Angélica Zenith e Carlos Braga


            Os avanços tecnológicos possibilitam uma interação e acessibilidade virtual democrática. Ter seu próprio espaço para publicações, poder compartilhar com um número considerável de pessoas seus pensamentos, ter visibilidade midiática, levantar debates com maior imparcialidade. Esses são alguns dos principais benefícios da inclusão digital, o que possibilita a pluralização da cultura de massa.

            Fazer parte da cibertcultura é ser levado por esse montante de possibilidades e conquistar um espaço democrático dentro dos segmentos midiáticos que os veículos de comunicação oferecem para a massa hoje. Quebrando o paradigma da mídia “convencional”, as redes sociais oferecem uma pluralidade de críticas, comentários, artigos e coberturas de fatos analisados a partir de vários ângulos.

            O professor do programa de estudos pós-graduados em comunicação e semiótica da pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC – SP), Eugênio Trivinho, acredita que esse tipo de inclusão digital, já conhecido por quem desfruta dos benefícios e possibilidades da blogesfera, é uma verdadeira utopia. O especialista defende que constantes atualizações tecnológicas impostas pela indústria condenam o homem à eterna exclusão. O professor da PUC-SP também organizou a recém-lançada obra “Flagelos e Horizontes do mundo em Rede: Política, Estética e Pensamento à Sombra do Pós-Humano”, que reúne ensaios de vários pesquisadores.

            O professor Trivinho ainda acredita que os conhecimentos exigidos para fazer parte do mundo tecnológico são específicos e devem ser traduzidos em uma prática interativa, própria de um comportamento de contigüidade de acesso, de fluência e de rapidez. São conhecimentos pragmáticos para usar o hardware, o software e a rede.
           
            Em contrapartida, a inserção das pessoas nas novas mídias acaba sendo natural, já que em todas as plataformas midiáticas (impresso, televisivo, radiofônico) fala-se de blogs e redes sociais. As “senhas” defendidas pelo Doutor em suas pesquisas são puramente econômicas, contrapondo-se assim, a teoria naturalista da sociologia moderna: o homem sempre acompanha os movimentos naturais da sociedade, se assim não o fosse, não estaria convivendo em sociedade.
           
           Teoria revogável quando encontramos hoje o governo já desenvolvendo atividades voltadas para o desenvolvimento de programas sociais para a interação tecnológica e virtual. O mais recente programa é o “Banda Larga para todos”, que tem como objetivo levar a internet para todos os brasileiros. O modelo de gestão dos governos passa a ser pautado também por esses avanços tecnológicos. Não se pode dizer que existe uma elite detentora da cibercultura, já que as redes sociais ajudaram nações, a exemplo de Caracas e Irã. A democracia digital existe e está no cotidiano das pessoas possibilitando a sua permanência na cibercultura.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Campanha contra o Pólio vacina 21, 2 mi de crianças


Por: Angélica Zenith e Carlos Braga



No último sábado, 6, cerca de 7,2 milhões de crianças menores de 5 anos foram vacinadas contra a Poliomielite. Essa é a segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação realizada pelo Ministério da Saúde em todo o país.

Para atingir a meta de imunização - 95% dessa população infantil - foram distribuídas, só na segunda fase da campanha, 24 milhões de doses da vacina.

Já na primeira fase, realizada em 12 de junho, 14 milhões de crianças foram vacinadas. No total, somando as duas etapas, 48 milhões de doses foram repassadas para as unidades de saúde. A previsão é que o número total de imunizados, somando a primeira e a segunda fase, seja divulgado até o fim de agosto pelo Ministério.

Os pais ou responsáveis que não puderam levar as crianças para tomar a gotinha devem procurar os cerca de 115 mil postos de vacinação, montados nas unidades de saúde.

Poliomielite:

Mais conhecida como paralisia infantil é uma infecção viral causada pelo poliovírus. Nos casos mais graves a poliomielite pode levar à paralisia e morte.